A amante de D. Pedro, a bela Inês de Castro, foi mandada executar por D. Afonso VI. Indignado, o príncipe, futuro D. Pedro I, mal subiu ao trono, mandou logo capturar o trio de assassinos, refugiados em Castela. Apenas dois foram encontrados e tiveram morte horrível.
Tudo começou em 1360, quando o rei anunciou o casamento secreto com a bela galega. Os encontros realizavam-se em Santa Clara-a-Velha, perto da Quinta das Lágrimas, de onde saía um canal estreito que terminava a uma centena de metros do convento, servindo as águas que nele circulavam para transportar as missivas amorosas.
Reza a lenda que Inês se encontrava "posta em sossego" quando foi assassinada pelos três homens que a terão esfaqueado até á morte. As lágrimas que então derramou fizeram nascer a "Fonte" onde "o sangue, que do seu corpo saiu, ainda hoje está gravado na rocha e permanecerá para sempre". Todavia, de acordo com os especialistas, os laivos de sangue do "colo da garça", que se vislumbram nos líquenes que atapetam a pedra do fundo, tomam a cor devido à presença de uma alga, a "Hildenbranthiarosea".
Inês de Castro aparece em 2 selos da filatelia portuguesa. O 1º em 2003, por ocasião da emissão “Património da Unesco”, com imagens do Mosteiro de Alcobaça, Mosteiro dos Jerónimos, Centro Histórico de Guimarães e Alto Douro Vinhateiro. O selo relativo ao Mosteiro de Alcobaça (€0,70) apresenta um detalhe do túmulo existente no Transepto da sua igreja sendo uma obra-prima da escultura gótica em Portugal, em conjunto com o túmulo de D. Pedro, em calcário, cuja construção se situa entre 1358 e 1367 e de autoria desconhecida.
Já em 2010, por ocasião do lançamento da emissão filatélica dedicada ao Teatro em Portugal, o selo de €0,57(porte para Espanha) mostra a peça “A Castro” ou “Tragédia muy sentida e Elegante de Dona Inês de Castro”, de António Ferreira, publicada em 1587, considerada a primeira tragédia clássica portuguesa, tendo por tema a vida e morte de Inês de Castro. É uma peça em 5 atos, escrita em verso polimétrico. O selo apresenta um desenho de Luiz Duran, mostrando a mais tarde “rainha”, em queda, em sangue. O selo, em circulação desde 7 de junho de 2010, teve uma tiragem de 190 mil exemplares.
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